“A Mancha Roxa” - Plínio Marcos e seu entorno
Pedro E. de Luna - C&N
São Paulo – O bar ‘Redondo’, o Teatro de Arena, a Praça da República, o restaurante ‘A Baiúca’, o Bexiga, a Major Sertório onde viveu seus últimos anos, foram as quebradas do mundaréu de Plínio Marcos.
Pois no Teatro Augusta, dentro desse entorno, é que as meninas do Grupo DisritmiaCênica estão apresentando “A Mancha Roxa”, uma peça de Plínio escrita há 20 anos e poucas vezes montada. “A Mancha Roxa” pertence ao tema teatral de Plínio Marcos que reabre o universo de “Dois Perdidos numa Noite Suja”, situado agora em uma cela feminina e ampliado para a miséria de 7 personagens. A ‘vocação’ ou a ‘imposição social’ que levou cada vitima ao crime cria só personagens principais. Cada um tem explicação e absolvição para a sua culpa, mas todas estão homogeneizadas na promiscuidade miserável de uma cela e na negação à terrível realidade que se anuncia: a mancha roxa. A montagem é desafio para veteranos.
Entretanto as meninas do Grupo, recém saídas de escolas de teatro, dão conta do recado.
Com um despojamento que chega ao brilho. Acrescente-se a direção de Alexandra da Matta, outra semi-novata que nasceu veterana, que explora o espaço arena e ‘gira’ as suas peças em marcações que já criam expectativas e, às vezes, lembram um ballet ou uma rinha.
Como obra de Plínio Marcos, assistir à “A Mancha Roxa” é imprescindível.
Com o desempenho do Grupo DisritmiaCênica, é essencial.
“A Mancha Roxa”
Texto: Plínio Marcos
Direção: Alexandra da Matta
Com: Adriana Guerra, Bibi Cavalcante, Débora Sperl, Lilia Nemes, Patrícia Castilho, Rose D’Agostino e Syntia Motta
Quando: às 4ªs e 5ªs, às 21h
Quando: às 4ªs e 5ªs, às 21h
Até: 27/03
Onde: Teatro Augusta - Rua Augusta, 943
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia)
